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Cenipa afirma que modelo de avião que caiu e matou prefeito não poderia fazer voos rasantes

Perícia ainda confirmou que a aeronave não tinha nenhum dano provocado por tiros ou outro objeto externo. Polícia ainda ouve testemunhas e ocupantes da segunda aeronave que sobrevoava o local


Luiz Fernando Motta | Estado de Minas

Os levantamentos realizados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) mostraram que o modelo da aeronave que caiu em Tumiritinga, no Vale do Rio Doce, era impróprio para a realização de manobras bruscas e voos rasantes. De acordo com o órgão, a estrutura do avião não era adequada para esses procedimentos.




As investigações ainda confirmaram as análises preliminares da Polícia Civil de que o avião não foi atingido por tiros e nenhum outro objeto externo. Em nota, a polícia diz que ainda está ouvindo moradores do acampamento que testemunharam a queda da aeronave que matou o prefeito de Central de Minas, Genil da Mata, e o funcionário dele, Douglas Rafael da Silva.

Famílias do MST informaram que duas aeronaves sobrevoaram a fazenda por aproximadamente uma hora no fim da tarde de terça-feira. Elas alegam que os ocupantes jogavam materiais semelhantes a coquetel molotov, versão contestada pelo advogado de Genil. Os ocupantes da segunda aeronave que sobrevoava o local já foram identificados e serão ouvidos ainda nesta quinta-feira pela Polícia Civil. A corporação ainda aguarda o laudo da perícia de fragmentos de artefatos explosivos recolhidos no terreno.

A hipótese de que a aeronave foi atingida por tiros foi levantada no local da queda. Um militar que esteve no local chegou a dizer que a asa, que caiu a cerca de 150 metros da aeronave, tinha duas perfurações que poderiam ter sido causadas por arma de fogo. Com a análise do Cenipa, essa possibilidade foi descartada.



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