Pular para o conteúdo principal

Primeiras imagens de avião que caiu no Mali são divulgadas

Vídeo e fotos mostram restos metálicos em área desértica.
Segundo a França, nenhuma das 118 pessoas a bordo sobreviveu.


Do G1, em São Paulo

As primeiras imagens do avião da Air Algérie que caiu no Mali nesta quinta-feira (24) foram divulgadas nesta sexta-feira (25) pela emissora de TV francesa "France 2" e pelo Exército da França.

As fotos do Exército mostram diversos destroços em meio a arbustos e árvores secas.

Foto divulgada pelo Exército da França mostra destroços do avião da Air Algérie que caiu no Mali (Foto: ECPAD/AP)Foto divulgada pelo Exército da França mostra destroços do avião da Air Algérie que caiu no Mali (Foto: ECPAD/AP)

O vídeo da "France 2", filmado por soldados de Burkina Faso, mostra uma zona desértica com alguns arbustos. Restos metálicos de difícil identificação estão espalhados em uma superfície de algumas centenas de metros. Os principais elementos do avião não são visíveis.

A França anunciou mais cedo que o avião havia se desintegrado.

Foto do exército francês mostra destroços de avião que caiu no Mali (Foto: ECPAD/AP)Foto do Exército francês mostra destroços de avião que caiu no Mali (Foto: ECPAD/AP)

O presidente francês, François Hollande, informou nesta sexta que "não há sobreviventes" e que uma caixa-preta da aeronave já foi encontrada.

Investigadores no local do desastre no norte do Mali concluíram que o avião se partiu quando atingiu o solo, disseram, sugerindo que isso indica ser improvável ter sido alvo de um atentado.

A presidência francesa informou que havia 118 pessoas a bordo, 112 passageiros e seis tripulantes, e não 116, como foi informado anteriormente.

Uma coluna de 100 soldados e 30 veículos das forças francesas estacionadas na região chegou ao local na manhã desta sexta para proteger a área da queda, perto da cidade de Gossi, no norte malinês, e recuperar os corpos, informou uma autoridade do Ministério da Defesa.

O avião da Air Algérie caiu quando se dirigia de Uagadugu a Argel. Os destroços da aeronave foram localizados por um avião teleguiado das forças francesas presentes no Mali, levando um destacamento de soldados franceses a se dirigir ao local por terra.

"O que já sabemos é que os destroços do avião estão concentrados em um espaço limitado, mas ainda é muito cedo para tirar conclusões", afirmou Hollande. "Há hipóteses, em particular climáticas, mas não descartamos nenhuma porque queremos saber tudo o que aconteceu", acrescentou.

Após a confirmação, o presidente François Hollande manifestou solidariedade com os parentes e pessoas próximas das vítimas.

Dois caças procedentes de uma base francesa nessa região da África realizaram voos de reconhecimento no Mali para tentar encontrar a aeronave. Depois, os caças foram substituídos por um avião militar C-130 e helicópteros franceses.

Hollande, assim como fez anteriormente o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, explicou que o contato com o avião foi perdido após 40 minutos de voo, pouco depois que o capitão solicitou uma mudança de rumo devido às difíceis condições meteorológicas. Ao ser perguntado sobre a possibilidade de uma ação terrorista, Fabius afirmou que "nenhuma hipótese pode ser excluída", mas especificou que "a única certeza que temos é o alerta meteorológico".


Imagem aérea mostra local da queda do avião da Air Algérie no Mali (Foto: ECPAD/AP)Imagem aérea mostra local da queda do avião da Air Algérie no Mali (Foto: ECPAD/AP)

Burkina Faso

A informação sobre a localização dos restos da aeronave, que era de propriedade da companhia espanhola Swiftair, já havia sido dada pelo general burquinense Gilbert Diendere, colaborador próximo do presidente Blaise Compaore e chefe da comissão criada para investigar o incidente.

Os destroços estavam a cerca de 50 km da fronteira de Burkina Faso, no povoado de Bulikesi. “Enviamos homens ao local com a aprovação do governo do Mali e foram encontrados destroços do avião com a ajuda de moradores locais”, disse o militar.

De acordo com a rede CNN, Diendere afirmou que nenhum sobrevivente foi encontrado e que a descoberta dos destroços também foi reportada pela TV estatal RTB. “Foram encontrados restos humanos e do avião totalmente queimados e dispersos”, disse à agência de notícias Associated Press.

Diendere acrescentou que os homens foram à área depois de ouvir relatos de um morador que descreveu a queda de um avião a 80 km a sudeste do povoado de Gosi. O porta-voz do governo de Burkina Faso disse que o país guardará luto por 48 horas.

Antes de perder contato, os pilotos do voo enviaram uma mensagem para pedir ao controle de voo do Níger para mudar sua rota devido a chuva intensa, disse o ministro dos Transportes de Burkina Faso, Jean Bertin Ouedraogo. Um diplomata em Bamako, capital do Mali, afirmou que houve uma forte tempestade de areia à noite no norte malinês, que fica na rota de voo do avião.

O general Diendere afirmou ainda que "nas imagens de radar" vemos que "o avião saiu de seu curso por causa de uma tempestade", que "pode ser a causa do que aconteceu".

Aviões militares franceses, efetivos da ONU e outros buscavam sinais do avião na região remota.

Segundo a Air Algérie publicou em sua conta no Twitter a lista com a nacionalidade dos passageiros: 50 franceses, 24 burquineses, oito libaneses, seis argelinos, cinco canadenses, quatro alemães, dois luxemburgueses, um malinês, um nigeriano, um camaronês, um belga, um ucraniano, um romeno e um suíço. As nacionalidades dos demais passageiros não foram divulgadas.

Todos os seis tripulantes eram espanhóis, de acordo com o sindicato de pilotos comerciais espanhol Sepla.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul