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Repórter conta experiência na selva em busca de avião desaparecido

Fabiano Villela conversa com Ana Maria Braga sobre as famílias das vítimas, trabalho voluntário e a possibilidade de encontrar sobreviventes


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O desaparecimento de um avião bimotor na região da floresta Amazônica continua sendo um mistério. A aeronave desapareceu no dia 18 de março com cinco pessoas a bordo e, desde então, nunca mais houve notícias sobre seu paradeiro. O que impressionou é que uma das passageiras, a técnica de enfermagem Rayline Campos, enviou mensagens do seu celular para o tio, alertando sobre a falha dos motores. O repórter Fabiano Villela passou três dias na selva para ajudar nas buscas, na expectativa de que o fato tivesse um desfecho. Ele contou para Ana Maria essa experiência diretamente do Pará.

"Eu faria tudo de novo. Foi um trabalho muito difícil, mas estou aqui para cumprir o meu dever de jornalista. Eu estou aqui no Pará há quatro anos, já sobrevoei muito a Amazônia, mas essa região tem suas peculiaridades: mata fechada, nativa, só existem florestas e reservas. Não existe uma área de pouso com segurança, então ficamos um pouco tensos e preocupados. Fora que é um período muito chuvoso”, explicou. E ainda: "Fora isso tem o problema dos insetos, dos animais, e riscos de contrair doenças”, ressaltou ele mostrando a picada de insetos no braço.

O repórter também comentou sobre o trabalho dos voluntários da região, incluindo indígenas, que se dedicam às buscas desde a notícia do desaparecimento. Ana Maria questionou o jornalista sobre as áreas de busca. “De acordo com o último contato do bimotor com o piloto do avião que vinha atrás, eles estariam chegando no aeroporto, mas os motores pararam”, explicou ele, salientando que as buscas acontecem em um raio de 40 quilômetros desde o ponto de contato. Há ainda o risco de o avião ter caído em uma região alagada, segundo o jornalista.

Ana Maria mostrou imagens das buscas feitas pelas equipes e perguntou sobre a apreensão dos familiares. "As famílias estão até muito serenas, mas ao mesmo tempo sabemos da angústia", apontou o jornalista. "Eles ainda têm esperança, pois existem relatos de pessoas que ficaram por mais de 40 dias desaparecidos e foram encontrados com vida”, disse. “Tenho esperança de que o avião será encontrado”, falou Fabiano.

Assista ao vídeo aqui

Comentários

Luiz Maia disse…
As aeronaves que trafegam no espaço aéreo amazônico deveriam possuir flutuadores e caixas-pretas. Os flutuadores aumentariam as chances de pouso nos rios da região e a caixa-preta, de localização em caso de acidentes.

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