Pular para o conteúdo principal

Obras em seis aeroportos só ficam prontas após a Copa

Infraero já adota dois cronogramas para as intervenções em terminais que serão sedes do Mundial


Geralda Doca | O Globo

BRASÍLIA - Diante da incapacidade de concluir as obras nos aeroportos até a Copa, a Infraero agora trabalha com dois cronogramas: um até o evento e outro “Pós Copa”. Estão nessa situação seis aeroportos dos oito administrados pela empresa pública que estão passando por reformas (Confins, Cuiabá, Curitiba, Salvador, Porto Alegre e Fortaleza).

A situação é mais crítica em Porto Alegre, onde somente 1,85% da obra no terminal de passageiros ficou pronta e 20,64% do sistema de pátio e pista. E em Fortaleza, onde foram executados apenas 15,62% da reforma do terminal de passageiros.

Pelo novo cronograma, esses dois aeroportos só terão as obras concluídas em 2016 e 2017. Isso significa que a maior parte das melhorias prometidas pela Infraero não serão entregues até o evento e os torcedores terão que conviver com tapumes nos principais aeroportos das capitais que vão sediar os Jogos.

Segundo o balanço da Infraero, com exceção do Galeão e de Manaus — onde as obras estão mais adiantadas — o nível de execução das melhorias até fevereiro não supera 55% em nenhum dos aeroportos geridos pela empresa.

Em Fortaleza, a solução encontrada pelo governo para atender a demanda na Copa foi construir um terminal provisório (puxadinho), a partir do próximo mês. Esse paliativo também foi adotado e já está em funcionamento em Porto Alegre e Cuiabá.

No Galeão, 48,07% das obras do terminal 1 de passageiros estão concluídos e 66,36%, no terminal 2; em Manaus, 85,49% da reforma do terminal de passageiros estão prontos. Não há obras nos aeroportos de Recife e em Natal (atual aeroporto), bem como nos outros que servirão de apoio ao Evento da Copa, como Santos Dumont e Congonhas.

Apesar do atraso no cronograma, o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, assegurou que o atendimento aos usuários não será prejudicado durante a Copa. A orientação é para que as áreas de fluxo de passageiros sejam desobstruídas.

— Está tudo preparado para oferecer o bom atendimento ao passageiro durante a Copa — disse o ministro ao GLOBO.

Moreira informou que se reunirá na quarta-feira com as empresas aéreas em São Paulo para bater o martelo sobre a data de transferência das operações das companhias para os novos terminais concedidos ao setor privado.

Conforme o GLOBO antecipou, as novas instalações nos aeroportos estarão funcionando parcialmente durante a Copa, devido às dificuldades decorrentes de implantação de novos sistemas e adaptação da empresas aéreas.

O terceiro terminal de passageiros de Guarulhos entra em funcionamento no dia 11 de maio e, até os Jogos, somente oito das 25 empresas estarão operando na área nova; o acesso viário ao terminal ficará pronto em meados de abril e os dois pátios de aeronaves ainda precisam ser homologados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Em Brasília, a obra de ampliação do terminal de passageiros está praticamente pronta e será inaugurada em abril (a segunda fase será entregue no final de maio); estão em fase de acabamento o viaduto de embarque de passageiros e o segundo viaduto de aeronaves (89% de execução, segundo o consórcio Inframérica).

Em Viracopos, o índice de execução da obra é de 86,71%. O novo terminal de passageiros entra em operação no dia 11 de maio e até a Copa somente a TAP estará operando nas novas instalações, que vai receber voos charters e de delegações”

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul