Pular para o conteúdo principal

A380 'visita' aeroportos de São Paulo e do Rio nesta quinta-feira

Aeronave tem 72 metros comprimento e comporta até 800 passageiros.
Avião será levado para Salvador nesta semana e retorna para SP no sábado.
Glauco Araújo Do G1, em São Paulo


O maior avião de passageiros do mundo, o A380 da Airbus, visitou dois aeroportos brasileiros nesta quinta-feira (22). O primeiro pouso do dia foi no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), às 11h30. No começo da tarde, a aeronave decolou para o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, onde deve permanecer até sexta-feira (23).

Esta é a segunda vez que a aeronave circula pelo Brasil. A primeira vez foi em 2007. Trata-se de uma série de eventos promocionais da Airbus, que ainda não tem previsão de operar o A380 no país, mesmo após a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) ter autorizado pousos e decolagens da aeronave há seis meses. Nenhuma empresa aérea nacional tem o avião e as empresas internacionais que as possuem dizem não têm previsão de usá-lo aqui.

História 


Lançado em 2005, o A380 pode transportar entre 520 e 800 passageiros e custa cerca de US$ 375 milhões, segundo projeções feitas pelo fabricante no ano passado.

Em setembro de 2011, a Infraero autorizou a Emirates a opera-lo em Cumbica após um pedido formal da empresa para isso. Na época, técnicos fizeram inspeções na pista para verificar se ela poderia atender com segurança a aeronave e a única restrição foi que, devido ao tamanho da pista, há necessidade de se desligar a turbina externa do A380 no momento do pouso, segundo a assessoria de imprensa da Infraero.

A Emirates deve iniciar os voos com o A380, estimada inicialmente para ocorrer em março deste ano, apenas no segundo semestre de 2012, de acordo com a Infraero. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, em nota, que não recebeu pedidos para operações com esse modelo no país.

A empresa aérea informou que tem 69 aeronaves A380 sob encomenda e precisa alocá-las em diferentes rotas. O mercado brasileiro é considerado importante para a Emirates.

Um estudo da empresa aérea prevê a necessidade de pelo menos 40 grandes aeronaves na América Latina até 2030. Até fevereiro, a Airbus já havia recebido 253 pedidos do A380 - nenhuma de companhia da América Latina. Destes, 71 já estão voando.

Aeroportos com estrutura para receber o A-380 


Nas análises, a Infraero considerou que, além de Guarulhos, teriam possibilidade de receber o A380 os aeroportos do Galeão (RJ), Recife (PE) e Salvador (BA), já que há a necessidade de pistas de apoio ou de escalas.

A Emirates opera duas rotas diárias de Dubai para o Brasil, todas com uma grande aeronave – um Boeing 777-300ER de 340 assentos e oito suítes privadas. Uma deles é para Guarulhos e a outra, para o Galeão.

Entre os fatores analisados para as operações do A380 no país é a necessidade de um finger de ponte dupla para embarque e desembarque simultâneo pelas duas portas, o que só é possível em Cumbica. A Infraero testou essa possibilidade, sem problemas. Para o pouso ser realizado com tranquilidade, a restrição é de que a turbina do lado externo seja desligada na hora do pouso para evitar que haja sucção de algum material, diz a Infraero. Autoridades aeronáuticas europeias certificaram operações do A380 em pistas E ao redor do mundo desde que obedecido este procedimento, que não interferiria na quantidade de carga ou de passageiros transportados.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul